Espiritualidades

Devo muito a minha mãe (em memória). Com ela aprendi as primeiras lições religiosas. Íamos à missa em família, com meu pai e meu irmão, todos os domingos. No Colégio onde estudei fiz catequese (minha mãe também era catequista lá). Já um pouco mais velho fiz crisma em uma Igreja com o apoio dela. Assim minha mãe me fez conhecer as práticas religiosas, as orações e, principalmente, a ter Fé! Mais tarde, tive a grande oportunidade de estudar em uma Universidade Católica que, mesmo nessa condição, não privava ou censurava os debates e trabalhos acadêmicos, de cunhos muitas vezes, aparentemente, contrários à orientação religiosa. Anos depois também tive outra grande oportunidade, desta vez, de estudar e cursar o mestrado em uma Universidade Presbiteriana, onde igualmente prevalecia o rigor científico e a pesquisa livre. Nos últimos tempos de vida de minha mãe, além de fazer o Cine Debate na Igreja sobre filmes religiosos, de dar aulas de catequese, catequisando jovens e adultos, também fazia questão de dar a eucaristia a idosos sob cuidados médicos. Para tanto, meu pai sempre e incondicionalmente levava e acompanhava minha mãe a cada casa ou hospital, para oferecer a comunhão a idosos enfermos. Creio que as religiões, por diferentes caminhos, levam ao mesmo destino. A maioria das religiões buscam em última instância o bem estar espiritual de cada pessoa. Servem de apoio, consolo e força para seguir em frente. Mesmo com formação católica, tive contato com outras crenças: o budismo e o espiritismo. Muitas pessoas creem que só deva praticar uma religião. Na verdade, se diferentes credos, de algum modo contribuem para o bem estar, por que não conhecê-los? Apesar de diferentes, não são a Igreja do Diabo! O desconhecido é certo que causa dúvidas e receios. Mas, como disse, de algum modo se te faz bem, que mal tem? Hoje, vamos à missa, meu pai, meu irmão e eu, religiosamente, no primeiro domingo do mês, em lembrança a minha mãe. Fora isso, também tenho contatos com os outros credos mencionados. Hoje, me considero um homem de Fé! Procuro compreender o outro, suas escolhas religiosas, bem como respeitá-las e viver em harmonia. É conhecida a passagem bíblica de que se deve amar o próximo como a si mesmo! Ora! Católicos, Espíritas, Budistas, Evangélicos… todos devem coexistir e conviver juntos em harmonia, respeito e compreensão!

Todas as religiões, em última instância, como dito, objetivam o bem-estar da pessoa, seu convívio em harmonia e inserida num contexto de paz social. Todas as religiões sem distorções objetivam o Bem! Em particular, em nossa jornada, buscamos nos pautar pelas lições de Santo Ivo (padroeiro dos advogados). É certo que somos simples mortais. Simples andarilhos humanos e, portanto, com defeitos e imperfeições. Porém buscamos, na medida do possível, observar a lição de sobrevivência e prática cotidiana de Santo Ivo. No que se refere às Religiões inseridas no contexto social, acreditamos que o Estado brasileiro de fato deve ser Laico. Assim a relação entre Igreja e sociedade deve coexistir em harmonia, voltada, contudo, para fins sociais (como trabalhos sociais voluntários em comunidades carentes). A Igreja, portanto, para nós, não deve interferir nas relações estatais. Finalmente, o Preâmbulo de nossa Constituição Brasileira, que rege nossas relações sociais, defende o Estado brasileiro: “Sob a Proteção de Deus”. Isto para nós possui grande importância política e serve como relevante guia para atos e condutas em nossa Sociedade brasileira.

Santo Ivo

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Imagem: Pinterest

Padroeiro dos Advogados

Nascido na Baixa Bretanha, França, no ano de 1253, Ivo de Kermartin revelou-se padroeiro dos advogados. Estudioso de Filosofia, Teologia e Direito, mas, acima de tudo, defensor nato, dotado de sabedoria, imparcialidade e espírito conciliador.

Enquanto sacerdote, foi nomeado juiz eclesiástico, honrando com vigor a função que lhe fora depositada em defesa dos injustiçados, tornando-se conhecido como “Advogado dos Pobres”.

Há quem diga que foi o primeiro advogado a entrar no céu, por seu incrível dom de argumentação e senso de justiça.